13 novembro 2013

Por meio de uma linha telefônica

Roupas de um lado, roupas dentro da mala, roupas em suas mãos. Ela ficou ali na ordenação de suas coisas e nos despedimos. Considerei uma despedida fria, mas sim, havia amor.

Fui ao encontro de um amigo, depois caminhei só, quis ver pessoas nas calçadas naquela noite.

Antes da partida e às portas do embarque dela, sua voz veio me dizer palavras fortes cuja intensidade reforçou o amor. Por meio daquela linha telefônica uma luz se fez perante meu inconsciente, sobre o qual estou vigilante há uns meses. A errância na qual me afogo aparentemente não é sombria, pode sim ser aproveitada na medida certa, mas há um leme no qual preciso segurar firme e naquela noite ele poderia se desgovernar.

Ao desligar, um carinho forte estava em meu espírito e todas as palavras dela afetuosamente absorvidas em meu ser. As saudades começaram a apertar, obviamente motivadas por amor.

[diário de uma saudade [1]]

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